O prazer não tem idade
É comum ouvirmos ao senso comum que, quanto mais velha é a Mulher, menor é a sua capacidade de ter e de dar prazer, numa relação sexual. Conheça melhor o seu corpo. Aprenda a tirar partido dele, em qualquer idade.
Mas, se é verdade que a idade é um factor a ter em conta nas reacções puramente físicas que o corpo emite, também o é que há que aprender a não viver em função dela.
Porque a idade traz algo de muito importante, quando o assunto é a vivência sexual: permite recorrer a uma série de experiências que moldam a sexualidade e que só se adquirem com o passar dos anos e das… experiências.
Aos vinte anos, é bem verdade, dizem os estudiosos da matéria, que uma mulher sabe como fazer um homem feliz na cama. Mas, acrescentam, fá-lo de uma maneira instintiva, pura, sem experiências acumuladas… sem aproveitar melhor este ou aquele aspecto. E é isto, precisamente, que a impede de ter prazer aos 20: preocupa-se menos com ela própria e muito mais com ele. Preocupa-se menos em descobrir como funciona o seu corpo e mais em como os outros o vêem. Não “perde” tempo a explicar ao parceiro os seus gostos e desejos… falta-lhe comunicar com ele. Por isso, o prazer é ainda, um desejo… um sonho… e pouco mais do que isso.
Podemos chamar aos trinta a “idade da controvérsia”. É a idade é que a barreira da linguagem dá os primeiro passos no sentido da liberdade. E o “gatinhar” da comunicação com o parceiro, ao mesmo tempo que se apercebe da forma como o seu corpo funciona. É o fim do “ideal sexual”, é o início de uma certa maneira de saber como fazer sexo com segurança, tirando o maior partido do que se aprende dia-a-dia sobre como o fazer.
São, sem dúvida, sinais positivos, que surgem na mesma altura em que a Mulher sente que a vitalidade, a força, a energia da juventude, dos vinte, começam a esbater-se. Os vários papéis que acumula – Mãe, Esposa, Profissional… – exigem dela cada vez mais, o que pode causar também uma certa diminuição no desejo. Mais uma vez, dizem os especialistas que são raras as situações em que isto acontece, embora elas existam.
Os quarenta, ao contrário do que diz o senso comum, podem ser uma verdadeira redescoberta. Os filhos estão “encaminhados”; a insegurança dos primeiros anos de casamento deu lugar a uma relação mais madura; a carreira profissional atingiu a estabililidade.
É o tempo da maturidade sexual, sem o stress dos papéis acumulados aos trinta. E com ela chega também uma ideia permanente do que deve ser o Prazer. O segredo está em conhecer o seu corpo, e saber que o facto de ter passado a “barreira psicológica” dos quarenta pode ser um ponto a seu favor: mais experiência, conhecimento mais aprofundado do seu corpo, vontade de se cuidar para se manter bela por dentro e por fora.
Aos vinte, aos trinta, aos quarenta… e por aí fora, o importante, conta quem sabe, é saber manter a “chama acesa”. E para isso, a idade pode ser um factor determinante.