O pudor da masturbação
Durante séculos a masturbação não existiu ou melhor, fazia-se por não existir. Essa perigosa e contagiante doença para alguns e prazer intenso para outros, foi por uma eternidade camuflada e mantida em silêncio pelas sociedades e culturas…
O pecado pairava no ar e o prazer sucedia-lhe, em jeito de conforto. Sem olhar a sexos, idades ou a escalões sociais, o acto de masturbação foi aos poucos dado a conhecer ao mundo, que acusava os seus protagonistas de pecadores e perversos. A sanidade mental chegava mesmo a ser posta em causa e, a integridade moral era fortemente ameaçada.
Estes tempos não estão assim tão longe, como se possa pensar. Apesar de as coisas terem tomado outro rumo e de a mentalidade ter evoluído, muitas são ainda as pessoas que encaram com perversidade, a masturbação. Implicitamente ligada ao sexo, é ainda mais complicado falar dessa doença que se apoderou de homens e mulheres, há muitos séculos atrás.
Natural e normal, é aquilo que os especialistas dizem acerca da masturbação. Não trás quaisquer problemas e a sua prática, faz parte da condição humana em favor das necessidades fisiológicas e carnais. Ainda que seja um acto relacionado com um impulso, a masturbação pode vir a ser uma prática diária e muito frequentemente, quando devia ocorrer com menor intensidade. A chamada masturbação compulsiva, traduz-se exactamente por ser a necessidade, na qual a pessoa não se consegue controlar e só consegue obter o prazer necessário, a partir da masturbação.
Quando o fenómeno ultrapassa as situações da normalidade, há que consultar um especialista nesta área para precaver de maiores dependências futuras e saber aquilo que está realmente mal. Todavia, estes são apenas casos muito raros, porque na maioria das vezes, homens e mulheres masturbam-se com o intuito de retirar prazer, levando uma vida sexual normal.
O chamado onanismo característico nas mulheres, é mais comum naquelas mulheres que estão sozinhas e sem companheiro, do que naquelas que estão casadas ou com um companheiro. Raramente as mulheres confessam que se masturbam, mas ainda assim são os homens que mais se masturbam na nossa comunidade. Todavia, as pessoas nem sempre recorrem ao acto da masturbação com o intuito de obter prazer, como também pode ser um caminho encontrado para libertar tensões ou ansiedades.
A masturbação não é uma doença e não deve ser vista, como uma factor de vergonha. As mulheres têm mais receio de o confessar, devido ao medo que nutrem de as virem a apelidar de promíscuas, de maneira que se retraiem um pouco mais nas suas confissões.
Saiba que esta prática é útil e produtiva, ajudando-a a conhecer melhor o seu corpo e aquilo que lhe dá o respectivo prazer. Além do mais, ao conhecer o seu corpo, as suas experiências sexuais serão muito mais realizáveis do que, as de alguém que nunca se tenha masturbado.
Não faça da masturbação um pecado ou algo a repudiar, pois é algo perfeitamente comum e normal, não trazendo qualquer problema posterior, desde que seja encarado com naturalidade. Das crenças que a masturbação provinha de perturbações mentais e de tuberculose ou dos castigos dados a rapazes e raparigas por se masturbarem, espera-se que daqui a uns tempos tudo mude radicalmente. Porque, o evoluir da mentalidade assim o exige…